cAdeirAs La ForA

Traga uma cadeira e entre nesta roda, aqui todos são amigos. Há momentos em nossa vida que é preciso abrir (sem medo) todas as coisas do coração. É preciso falar (nem que sejam versos ao vento) das "coisas da vida". Muitas vezes não sabemos "que coisas" são essas, mas vem um desejo imenso de compartilhar, de ouvir, de falar. Fique a vontade. Seja dia ou noite, se no céu a lua estiver, desenhe nas nuvens todos os seus sonhos, todos os seus amores. Na vida, o que vale mesmo é "ser feliz". Fique a vontade, pois há cadeiras lá fora.



quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Última quinta de outubro

São 17h33, última quinta de Outubro de 2010. O sol já se escondeu entre as árvores e não consigo perceber qual a razão para o findar do dia, aliás, qual a razão para o findar de Outubro, pois logo será novembro, e espero que seja “doce” de fato. Há tantas coisas sendo tecidas nestes fios transparentes e leves das horas, no tic-tac dos relógios que marcaram impiedosamente o correr do tempo, na certeza de que não há mais volta, e o vento passou, levando aquele cheiro bom de cabelo perfumado, e o vento passou, deixando os cabelos abandonados, e debaixo de um céu azul com nuvens a contar-me coisas de amores, de muitas coisas sem formas ou explicações lógicas, que possam de alguma forma convencer o coração, satisfazer a alma e o espírito. Pergunto-me neste instante, onde estão todos os momentos que estampei durante o ano, todos os brindes, todas as festas, onde está tudo que eu não consigo reuni-los para beber mais uma vez esta felicidade. Assim me vem à confirmação da efemeridade de tudo o que somos e o que fazemos, e uma certeza bem maior, é saber que somos capazes e sortudos o suficiente para vivermos mais, sempre mais. Nesta grande aventura que é a vida, somos viajantes, desbravadores, marinheiros e senhores, estamos indo, muitas vezes e quem sabe na maioria das vezes, indo sem saber para onde, pois o que importa parecer ser “ir”. Numa constante partida, as malas devem está sempre em bom estado, limpas, livres, para assim receber o “novo”, que insiste em nos mostrar o quanto é único, rápido, urgente, necessário e verdadeiro.